Atividade Social
No mês de julho, o CEP promoveu a atividade online A Escuta Psicanalítica. Hoje: A Criança-Mundo com a docente Radmila Zygouris, e todo o valor arrecadado foi revertido para o Centro Comunitário São Martinho de Lima – Povo de Rua. Venha conhecer mais sobre este espaço!
O CEP busca sempre estar envolvido com o presente. Junto com a psicanalista francesa e autora de diversos artigos, Radmila Zygouris, o CEP promoveu uma atividade de reflexão e também de doação. A entidade escolhida para ser
favorecida foi o Centro de Acolhida para adultos Morada São Martinho de Lima – Povo de Rua.
O centro é uma das 50 unidades do BOMPAR (Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto), que desenvolve suas atividades com a população em situação de rua desde fevereiro de 1990. Atualmente, atendem mais de mil pessoas por dia em suas necessidades básicas.
Objetivo da Morada São Martinho
O objetivo é garantir acolhimento e proteção integral às pessoas adultas em situação de rua (e na rua), contribuindo para a sua reinserção social com atividades direcionadas e programadas para o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva da melhoria da qualidade dos vínculos interpessoais, comunitários e familiares.
O projeto oportuniza a construção de saídas da rua com vistas à inserção social, garantindo acesso à rede de serviços, cadastro único, benefícios assistenciais, programa de acesso a oportunidades de trabalho/pronatec e a demais políticas públicas. Além disso, fortalece e retoma os processos de vínculos familiares, interpessoais e comunitários; contribui para inclusão das pessoas no sistema de proteção social e nos serviços públicos; estimula a auto organização e a socialização, por meio de atividades socioeducativas, culturais, lúdicas e de lazer programadas; e construi o processo de saída das ruas.
Sandro Ricardo Ruyssou, gerente da unidade há mais de 20 anos, é formado em Filosofia e Serviço Social, leciona Filosofia na Escola do Estado e é pós-graduado em atendimento sistêmico às famílias. Na oportunidade, Sandro
contou alguns detalhes sobre o trabalho desenvolvido: “A acolhida é espontânea, eles procuram a unidade. Temos esse diferencial, aceitamos eles como eles são. Resistimos em não ter regras escritas, sempre buscamos entender e escutar os acolhidos”.
Na chegada, cada um recebe as boas-vindas, é feito um cadastro básico e, na recepção, é feita uma pré-acolhida. Em seguida, se faz uma triagem das necessidades: banho, atendimento médico, tomar um café da manhã ou almoço,
e a pessoa é convidada, além do que está procurando, a participar das atividades que estão acontecendo no dia.
São mais de 50 atividades – horta, time de futebol de salão, corte de cabelo, grupo de idosos, grupo das mulheres, grupo para tratar os LGBT e há um banheiro específico para esse grupo. O projeto conta também com atendimento
médico, social, psicológico e odontológico.
Para se ter uma ideia da extensão do projeto, só em 2019, foram quase 600 mil refeições, entre café da manhã e almoço, fornecidas, além de 86.389 atividades socioeducativas.
Em 2019, 1.216 conseguiram recolocação profissional e 37 retornaram para suas famílias. Apenas em janeiro deste ano, 119 pessoas já conseguiram trabalho.
Parcerias
O funcionamento do Centro ocorre apenas durante o dia – das 7hs às 16hs. Normalmente, atendem de 850 a 900 pessoas por dia. Já no cenário atual, uma média de 650 a 700. Na pandemia, cerca de 8 mil pessoas diferentes passam lá por mês. E, neste momento, além dos serviços já oferecidos, também estão entregando máscaras e álcool em gel.
Para dar conta desta demanda, são estabelecidas diversas parcerias, com doações de pessoas físicas e de outras entidades, como Mesa Brasil do Sesc e Banco de Alimentos – uma ONG ligada a Prefeitura e o Prato Cheio.
Uma das parceria mais importantes, estabelecida no início de 2020, foi com o NUPAS (Núcleo de Psicanálise e Ação Social – ONG parceira do CEP) para cuidar de quem cuida dos atendidos.
O NUPAS é responsável pelo suporte psicológico dos profissionais do espaço. Além disso, fez a doação do dinheiro arrecado com o curso. “Com o valor arrecadado pelo CEP, fizemos comissões formadas por funcionários e pelos próprios moradores de rua para avaliarmos as principais necessidades da casa. Faremos reuniões em breve para definirmos quais itens vamos adquirir e para o que vamos direcionar o dinheiro avaliando o que for mais urgente”, conta Sandro.
Como ajudar?
Sandro explica que a melhor maneira de ajudar é através de doações. “A pessoa pode vir e doar o seu talento, seu conhecimento profissional, seu tempo. Roupas, produtos de higiene pessoal e de limpeza, ou alimentos sempre são
bem-vindos também. E o ideal é a pessoa visitar o espaço e entender como funciona”, conta ele.
Informações de Contato
Endereço: Largo Senador Morais de Barros, 160 – Belenzinho – 03014-010 –
São Paulo – SP
Telefone: (11) 2692-6800
Email: [email protected]