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Desenvolvido por SD TecnologiaApresentação
Unindo as diversas experiências clínico-pedagógicas de seus diretores, o Centro
de Estudos Psicanalíticos (CEP) iniciou suas atividades em 1980.
Gradativamente, foi estruturando uma identidade e articulando uma proposta
própria dentro da crescente complexidade do campo psicanalítico.
Em 2025, completa
45 anos trabalhando na investigação clínica, na transmissão e na divulgação da
Psicanálise.
Três eixos norteiam a proposta do CEP:
1. Uma formação pluralista que inclua
todos os discursos desenvolvidos no campo conceitual freudiano. Reconhecemos
que essa troca entre os discursos é um fenômeno profundamente enriquecedor no
desenvolvimento de um referencial clínico-teórico singular e próprio a cada
sujeito-analista. Assim, nossa ética deixa de estar submetida ao poder de um
dogma único, seja teórico, seja institucional.
2. A consideração da Psicanálise como
ciência independente, com seu próprio objeto de estudo, não subordinada a um
outro campo científico e, consequentemente, não sendo propriedade de nenhuma
ciência-profissão-corporação, mas território específico, requer uma formação
própria.
3. A compreensão da formação como a
integração do instrumental-conceitual-experiencial que capacite operar a
escuta, não como atividade restrita a um ofício (consultório), mas levando em
conta que seu objeto de estudo está presente em toda situação humana, torna a
Psicanálise um instrumental potencializador nas diversas práticas sociais.
Ernesto Duvidovich
Walkiria Del Picchia Zanoni
ANO 2025
O CEP - Centro de Formação em Psicanálise tem por objetivo afirmar-se como laboratório de cruzamento entre expressões artísticas e
intelectuais; definição que cabe como uma luva em uma organização que propõe
uma constante polifonia. Tomando das artes uma disciplina ou indisciplina de
que não se estabeleça em nenhuma categoria senão ENTRE categorias.
Nos reconhecemos como escola em constante
evolução, transmutação; em constante miscigenação, metamorfose e em constante deslocamento; tomando distância do convencional, pré-estabelecido ou dogmático.
Continuaremos em 2025 com o compromisso da
decolonização da Psicanálise, da escuta clínica, da instituição antenada, e interessados na produção de uma escuta clínica que inclua a ação social; assim, precisamos manter nosso olhar sensível aos acontecimentos para além dos
“muros do consultório” para continuar produzindo; não a exportação de divãs para as periferias, mas sim pesquisar
e inventar novas formas e modelos de intervenção em oposição a uma certa "pureza" metodológica que se pretende atemporal e descontextualizada.
Nosso instrumental clínico deve ser tocado e
desafiado pelas questões do sujeito contemporâneo. Vocês encontrarão nesta programação uma vasta gama de manifestações das diversidades. Destaco uma de muitas boas notícias: se trata de uma mudança de critério para inclusão no Observatório da Rede de Atendimento da Clínica do CEP, que passará a incluir
a participação dos interessados agora também alunos e ex-alunos.
Espero que a participação nas atividades propostas para este ano tenha ressonâncias intensas e diferentes na singularidade de cada um.
Ernesto Duvidovich