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de um campo epistêmico ímpar, Sigmund Freud inscreve sua invenção, que compõe
uma forma inédita de tratar o humano e o mundo, do ponto de vista teórico,
metodológico e ético: a Psicanálise. Seus interlocutores e sucessores na
empreitada contribuíram com a sustentação e o avanço da invenção freudiana,
cada um trazendo sua própria cota de criação. De fato, esta é uma
particularidade interna à Psicanálise, a de exigir que todo aquele que se
inscreva e se arrisque a articulá-la seja convocado a trazer um traço de
autoria e de invenção. A Psicanálise é necessariamente uma experiência viva,
que se dá em ato da palavra falada e nunca redutível a uma perspectiva teórica
de enquadramento ou a um método de aplicação adaptativa. Trata-se de uma
experiência que se dá nas trilhas da ética do desejo.
É neste contexto que propomos apresentar
diferentes psicanalistas, que trabalharam em diferentes momentos da história da
Psicanálise e que podem ser considerados inventores da Psicanálise, com a
exibição de documentário sobre o inventor colocado em destaque, seguida de
discussão, em companhia de um outro psicanalista convidado e o público, visando
sublinhar as marcas da invenção do psicanalista em questão. É com prazer que em
2023 apresentamos: Ronald Fairnbairn, Donald Woods Winnicott, Frantz Omar Fanon e Virgínia Leone
Bicudo.
sábado | 9h às 12h | dia
22/07
Exibição e comentários do documentário – Frantz Omar Fanon
Frantz Omar Fanon (Forte da França, 20 de julho de 1925 – Bethesda, 6 de dezembro de 1961) também conhecido
como Ibrahim Frantz Fanon, foi um psiquiatra e filósofo político natural das Antilhas francesas da colônia francesa da Martinica (hoje um departamento ultramarino francês).
Suas obras tornaram-se influentes nos campos dos estudos pós-coloniais, da teoria crítica e do marxismo. Além de intelectual, Fanon era um radical político, pan-africanista e humanista marxista preocupado com a psicopatologia da colonização e as consequências humanas, sociais e culturais da descolonização.
Durante o seu trabalho como médico e psiquiatra,
Fanon apoiou a Guerra de Independência da
Argélia em relação à França e foi membro
da Frente de Libertação
Nacional da Argélia.
Durante mais de cinco décadas, a vida e obra de Frantz Fanon
inspiraram movimentos de libertação
nacional e outras organizações políticas radicais na Palestina, Sri Lanka, África do Sul e Estados Unidos. Ele formulou um modelo para a psicologia comunitária, acreditando que muitos pacientes com problemas de saúde mental fariam melhor se fossem integrados na sua família e
comunidade, em vez de serem tratados com cuidados institucionalizados. Ajudou também a fundar o campo da psicoterapia institucional
enquanto trabalhava em Saint-Alban sob François Tosquelles e Jean Oury.
Nascimento: 20 de julho de 1925, Fort-de-France, Martinica
Falecimento: 6 de dezembro de 1961, Bethesda, Maryland, EUA
Os inscritos receberão os links para acesso na semana da atividade.
Haverá opção de assistir antecipadamente ao documentário, bem como acompanhar a
transmissão ao vivo, conforme grade abaixo:
O link com a transmissão do documentário será enviado previamente
por e-mail, no dia anterior a atividade, o participante precisa
obrigatoriamente assisti-lo para acompanhar a discussão com o grupo.
10h30 às 12h |
discussão e comentários pelo ZOOM
Documentários:
Inventores da Psicanálise é uma atividade gratuita, dirigida ao público em geral.
Informações e
inscrições*
11 3864 2330 | 11 3865 0017 | Whatsapp 11 97666-1249
*inscrições antecipadas
Docentes
Deivison Mendes Faustino
doutor em sociologia e Professor do Departamento de Saúde e Sociedade da Faculdade de Saúde Pública da USP. É integrante do Instituto Amma Psique e Negritude e pesquisador do Núcleo Reflexos de Palmares, onde pesquisa, entre outros temas voltados à relação entre capitalismo, racismo e tecnologias digitais. É autor dos livros "Frantz Fanon: um revolucionário, particularmente negro", ed. Ciclo Contínuo, Frantz Fanon e as encruzilhadas", ed. Ubu, "Colonialismo digital: por uma crítica hacker-fanoniana", ed. Boitempo e "Balanço Afiado: estética e política em Jorge Bem", ed. Fósforo.
Karin de Paula
praticante da Psicanálise, doutora em Processos de Singularização pela PUC-SP. Autora dos livros "$em? Sobre a Inclusão e o Manejo do Dinheiro Numa Psicanálise", ed. Casa do Psicólogo, "Do Espírito da Coisa: Um Cálculo de Graça - Sobre o Percurso de Uma Psicanálise", ed. Escuta, "Trabalhando com a Psicanálise: Dos Porta-Dores da Peste", no livro: "Diálogos Sobre Formação e Transmissão em Psicanálise" e "Clínica Psicanalítica das Neuroses", Série Prática Clínica, ambos da ed. Zagodoni, "Atendimento Psicanalítico da Depressão", ed. Zagodoni em organização com Daniel Kupermann, entre outros artigos publicados. Professora e supervisora em universidades e no Curso de Formação em Psicanálise. Coordenadora do Núcleo de Formação Permanente - Prática Clínica - Psicanálise e Psicoses (CEP).