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A proposta desta atividade é ilustrar a constituição da
        subjetividade moderna -  o que se deu do século XV ao final do século XIX
        – através de um dos modos de expressão humana, a música.
        
        Explicando melhor, vários autores consideram que a modernidade foi inaugurada
        com a constituição de uma noção clara de subjetividade privada, ou seja, da
        constituição de um “eu” como centro e referência absoluta da experiência
        humana: isto teria se dado do final da Idade Média ao final do século XVII, com
        Descartes.
        
        Do século XVIII ao final do século XIX, a certeza com relação ao “eu” teria
        sido gradativamente perdida, gerando uma profunda crise de identidade e
        descrença na autossuficiência do “eu”. Nietzsche e Freud seriam a maior
        expressão dessa crítica às pretensões do “eu”.
        
        De forma aproximada, poderíamos dizer que , se ouvirmos e compreendermos um
        canto gregorianos, percebemos que não havia mais lugar para o indivíduo na
        Idade Média; ao ouvirmos uma fuga de Bach, poderemos perceber a força do
        racionalismo do século XVII; ao ouvirmos Wagner, perceberemos que o “eu”
        naufragou num caldo pulsional no século XIX; e enfim, ao ouvirmos a melancolia
        atonal de Debussy, perceberemos que a ordem formal e a autoconfiança já não se
        pode sustentar: estamos diante de outra ordem e de um profundo sentimento de
        perda e desengate.
        
        Propomos assim uma atividade relativamente lúdica de escuta de diversas peças
        musicais acompanhada de um breve comentário de sua estrutura e contexto na
        história da constituição da subjetividade moderna.
        
        sábado | 18 de maio de 1996
            
            horário | 09h30 às 12h30  
        
        preço
        alunos do CEP: R$ 50,00
        outros participantes R$ 60,00