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Introdução À função fraterna
Evento

Introdução À função fraterna

DocenteMaria Rita Kehl
07/04/2001

A função do irmão em psicanálise

Já se tornou lugar comum na psicanálise contemporânea a idéia de uma certa falência da função paterna, pelo menos nas modernas sociedades ocidentais. A própria criação da psicanálise é tributária deste dito enfraquecimento do “pai”: as formações sociais características das democracias modernas, em que os modos de sustentação da Lei e da autoridade encontram-se pulverizadas numa multiplicidade de instâncias simbólicas, produzem o sujeito neurótico, que se acredita autônomo e responsável (portanto, culpado) pela construção de seu destino. Diante desta modalidade contemporânea do desamparo e também das possibilidades de perversão do laço social que se abrem onde aparentemente falta o pai, é frequente que se invoque a necessidade de figuras fortes de autoridade e de encarnação imaginária da Lei.

Este livro nasceu da vontade compartilhada de problematizar a função paterna no mundo contemporâneo, trazendo para a discussão teórica a função dos semelhantes  cuja primeira encarnação na vida subjetiva é o irmão – não só na constituição do sujeito como também na formação do laço social. O mito freudiano é claro a este respeito: quem instaura a Lei, na sua forma civilizatória, não é o pai real (o pai da horda primitiva, com a arbitrária lei de seu próprio desejo) mas a comunidade dos irmãos, motivados pela culpa e o desamparo que sucedem o assassinato. Mas a Lei não é uma simples reedição do desejo do pai morto: é criação dos irmãos e tem a dupla função de interditar o gozo, mas permitir o prazer. Quem faz a função paterna são os irmãos, assim como cabe a eles sustentar a vigência da lei.

Assim, a coletividade dos irmãos carrega tanto um potencial de transgredir a lei encarnada pelo pai opressivo e aterrorizador, quanto de criar algo novo, uma nova forma da lei que permita a existência e a expansão de cada um em troca de uma mesma renúncia exigida de todos. Além disso, é entre os irmãos, que se unem para contestar o desejo do pai em nome da diversidade de suas vontades, que emergem as várias expressões da semelhança na diferença. Isto abre um vasto campo identificatório no qual os sujeitos são convocados a transitar, podendo assim livrar-se da ilusão de uma identidade individual – ilusão de que cada um deve ser idêntico ao filho desejado pelo pai, matriz da intolerância e do narcisismo das pequenas diferenças.

A primeira sessão de “A Função Fraterna” contém artigos que tratam da função dos irmãos nas formações sociais próprias da democracia: a legitimação da autoridade, as recriações revolucionárias e o funcionamento das instituições. Na segunda parte, os artigos abordam o papel da frátria como criadora de novas formas de linguagem, e de algumas figuras fraternas que povoam a produção cultural contemporânea, tanto internacional quanto brasileira.

data
sábado | 07 de abril de 2001

horários
das 10h Às 13h

preço
Até o dia 30/03/01: R$ 100,00 / Alunos do CEP R$ 80,00
A partir do dia 02/04/01: R$ 120,00 / Alunos do CEP R$ 100,00


Maria Rita Kehl

é psicanalista, doutora em psicanálise pela PUC de São Paulo, poeta e ensaísta. É autora de vários livros, entre os quais se destacam Videologias: Ensaios sobre televisão (Boitempo, 2004) , escrito em parceria com Eugênio Bucci, O tempo e o cão (Boitempo, 2009), ganhador do Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Não-Ficção 2010, 18 crônicas e mais algumas (2011), Deslocamentos do feminino: a mulher freudiana na passagem para a modernidade (2016), Bovarismo brasileiro (2018) e Ressentimento (2020).

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