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Desenvolvido por SD TecnologiaDesde Freud muitas coisas mudaram na prática da psicanálise
e somos levados a nos colocar questões impensáveis em sua época. Entre essas, o
que na troca entre analisando e analista pode vir a ser interpretado. Teríamos
tendência a dizer: a transferência. Sem dúvida, ainda que a resposta se
complique ao nos perguntarmos se tudo aquilo que acontece entre os dois
protagonistas do dispositivo analítico pode ser chamado de transferência.
Alguns diriam que sim, enquanto outros seriam mais reticentes. Quanto a mim,
estabeleço uma diferença entre transferência e laço. O que, no entanto, todos
sabemos é que nem tudo é interpretável e que a melhor intervenção do analista
não consiste necessariamente numa interpretação. Mas será que ele precisa se
calar necessariamente? Lacan estabeleceu uma diferença entre interpretar a
transferência e interpretar na transferência e isso continua sendo uma boa
pista de trabalho. A parte não-verbal da relação analítica é uma modalidade de
transferência, a meu ver, ainda não suficientemente explorada, sendo que o
não-verbal não é redutível nem ao pré-verbal nem ao arcaico, mas nem por isso
as questões que coloca são da ordem do indizível... Esse tipo de transferência
é mais frequente do que pensamos e não diz respeito apenas aos casos “graves”.
Relações simbióticas unem os humanos ao longo de suas existências. Os artistas
são seus melhores especialistas...Essas comunicações não-verbais são tão
especificas da espécie humana quanto a linguagem articulada. Minha proposta é a
de explorar esse aspecto do laço no quadro da transferência e a importância de
levar isso em conta na análise.
sábado | 09 de abril
horário | 09h30 às 12h30
dirigido
a psicólogos, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde
preço
Até o dia 25/03/11 | R$ 150,00
Após o dia 25/03/11 | R$ 170,00