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Desenvolvido por SD TecnologiaEncorajada pelo sucesso da mecânica na substituição da
força braçal, a ciência se lançou à aventura de criar máquinas com “cérebro”. É
claro que, para isso, teve que formular uma versão simplificada dele. Reduzindo
suas operações à memória de dados + seleção de respostas, a cibernética criou a
ilusão de “máquinas pensantes”. Em verdade, elas reproduzem apenas uma pequena
porção disso que costumamos chamar de pensamento. Foi esse o motivo de queixa e
sofrimento dos primeiros robôs da ficção científica: não estarem dotados de
desejos, prazer, sentimentos, ideais, expectativas, paixões, morte.
Os humanos
os temiam porque inconscientemente sabiam que, ao criá-los, tinham lhes roubado
a “alma”. O “ideal” deles éramos os humanos.
Cinqüenta anos de prática informática criaram novas linguagens onde a letra
prova sua eficácia como articuladora entre memória e seleção de respostas. As
palavras fazem nisso sua economia cingindo-se o mais possível à letra. O ideal
são os robôs e não mais os humanos: tece-se a ilusão de podermos funcionar com
essa versão simplificada de cérebro que a cibernética criou.
A quimiopsiquiatria e os novos classificadores diagnósticos não passam de ser a
encarnação desse novo ideal de authomaton.
Uma nova função da letra: de articuladora entre gozo e saber passa à função de
articuladora entre memória e resposta. Como se desenha esse novo litoral? Quais
os princípios da lógica que o orienta? Haveria aí um discurso que não seria do
semblante?
sábado | 15 de setembro
horário | 09h às 12h
dirigido
a psicólogos, psicanalistas e profissionais das áreas da saúde
preço
Até o dia 31/08/07: R$ 120,00
Após o dia 31/08/07: R$ 140,00