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PROGRAMA
Na clínica atual, é cada vez mais comum nos depararmos com experiências em que o sofrimento se manifesta, sobretudo, pelo corpo. São histórias em que as palavras faltam ou parecem insuficientes, e o corpo acaba se tornando a principal voz: seja nos transtornos alimentares, crises hipocondríacas, dores sem explicação médica, automutilações, práticas em que limites entre dor e prazer se embaralham, ou ainda, na vivência do vazio profundo e na dificuldade de pensar sobre o próprio sentir. Nestes cenários, o corpo denuncia o impossível de traduzir em palavras, e também tenta, a seu modo, traçar fronteiras, dar contorno ao caos e buscar sentido para aquilo que, muitas vezes, não tem nome. Mesmo após mais de um século das primeiras reflexões de Freud, estas questões permanecem inquietantes para quem se dedica à escuta psicanalítica. Como ouvir o corpo quando ele fala mais alto que o discurso? Como cuidar para não cair em respostas apressadas, moralizações ou explicações simplistas? E, quando o simbólico não sustenta, o imaginário vacila e o real emerge com força... como amparar esse sujeito cuja dor se inscreve no corpo mais do que na palavra? Esta jornada convida à investigação das situações clínicas em que o corpo se torna cenário privilegiado da experiência subjetiva, especialmente quando a simbolização não dá conta e o sofrimento ganha expressão em sensações, comportamentos e sintomas corporais. Unindo metapsicologia e clínica contemporânea, o evento quer pensar de que formas o corpo, ora silencioso, ora ruidoso , surge como resposta criativa ou desesperada ao que não pôde ser representado, ao que escapa à linguagem. Ao longo de quatro mesas temáticas, propomos refletir sobre formas clínicas variadas: da hipocondria às condutas alimentares, dos estados-limite às experiências eróticas em que dor e prazer se entrelaçam no corpo. Buscamos sustentar juntos a pergunta: Como escutar, acolher e intervir diante desses corpos que falam, sofrem e nos convocam justamente onde a palavra parece falhar?
HORÁRIO
sábado | 9h às 12h e 13h às 16h
DIRIGIDO
A Jornada é uma atividade gratuita, dirigida ao público em geral.
Informações e inscrições*
11 3864 2330 | 11 3865 0017 | WhatsApp 11 97666 1249
cep@centropsicanalise.com.br
*inscrições antecipadas
Coordenação
Ana Maria Ferreira
psicanalista com formação pelo Centro de Estudos Psicanalíticos - CEP, psicóloga formada pela UNIP. Especialista em psicologia hospitalar pela Universidade São Marcos (FACSM) e em cuidados paliativos pela Casa do Cuidar. Analista, membro da Rede de Atendimento Psicanalítico – Clínica do CEP e integrante do grupo de triagens desde 2020. Coordena a Comissão Psicanálise e Racismos e é supervisora clínica no CEP. Pós-graduanda em Psicanálise, Arte e Literatura pelo Instituto ESPE.
Carina Braga
psicanalista, supervisora clínica e docente no Curso de Formação em Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos - CEP. Membro do Departamento de Psicossomática Psicanalítica do Instituto Sedes Sapientiae. Membro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi.
Eduardo Amaral Lyra Neto
psicanalista, supervisor clínico, docente do Curso de Formação do Centro de Estudos Psicanalíticos - CEP. Graduado também em Ciências Econômicas, com pós-graduação em Administração de Empresas. Atende adolescentes e adultos.
José Luiz Cordeiro D. Tavares
psicanalista com formação pelo Centro de Estudos Psicanalíticos - CEP. Doutorado em Medicina pela Universidade Federal do Estado de São Paulo e pós-doutorado pelo Imperial College (UK). Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (ISS). Mestrado em Literatura e Psicanálise (PUC-SP) sobre a autoficção e o desamparo freudiano na obra de Nelson Rodrigues. Autor de publicações na interface Literatura-Psicanálise. Membro dos grupos Shakespeare e Psicanálise (SBPSP) e Psicanálise e Cultura (ISS). Coordenador dos núcleos de Literatura e Psicanálise no CEP e no ISS. Docente do Curso de Formação em Psicanálise do CEP.