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Seja ao redigir uma sessão clínica ou na construção de um trabalho conceitual,
escrever em Psicanálise é compor, sob os efeitos da transferência, uma demanda
de amor. Característica que deixa marcas e traz implicações a um tipo
particular de texto, onde detalhes são fundamentais e significados nunca se
equivalem a definições pré-concebidas. Estes encontros pretendem abordar noções
gerais sobre a “escrita da escuta” em Psicanálise, bem como auxiliar na
“semeadura e cultivo” de um texto.
“Ninguém testemunha
pelas testemunhas”, nos diz Paul Celan, no sentido da solidão radical e da
carga pesada que tenciona “as carnes” do Real, frente à catástrofe. “A
testemunha, testemunha sobre aquilo que foi falado por meio dele”, afirma
Levinas, a respeito da posição “para além de” na qual quem testemunha o faz. De
potência convocatória, o relato de testemunho implica quem dele participa, seja
como leitor, espectador ou psicanalista.
programa
Onde a linguagem perde simbólico e não encontra saída, que não pela via
paradoxal da literalidade do “eu estive lá”, como se daria a articulação com o
traumático? É da ordem do involuntário, que alguém se torna (por designação)
testemunha. De um trauma, crime, ultraje, horror, doença, dentre outros
excessos que ultrapassam qualquer condição de explicação ou racionalização. Não
raro, frente a tanto, o psicanalista é levado a escutar e escrever, distante
das ficções e construções em análise, um material em estado bruto, literal.
1. O duplo efeito do traumático
2. A linguagem testemunhal
3. O capítulo 18 das Conferências Introdutórias
4. Exercício prático de escrita clínica
5. Leitura compartilhada
sexta-feira | dia
23 de abril
horário | 18h30 às 21h
dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, profissionais com prática clínica e
interessados nas relações entre a Literatura e a Psicanálise
preço
até o dia 12/04/21 | R$ 90,00
após o dia 12/04/21 | R$ 100,00