Ibsen & Nelson Rodrigues; a escrita do sofrimento articulado com a hipocrisia social
Coordenação
José Luiz Cordeiro D. Tavares
Docentes
Sergio Ferrara, Marta Raquel Colaboneprograma
Ibsen tem lugar de destaque na dramaturgia do Século XIX, sendo considerado o
pai do drama norueguês em prosa. Com seu olhar crítico sobre as condições
de vida e as questões morais da época, suas peças trouxeram certa
inquietação para o teatro europeu, até então alienado ao modelo determinado
pela rígida e conservadora vida familiar. Nelson Rodrigues surge um século após
Ibsen. Impondo uma corajosa ruptura com o palco brasileiro até então
vigente, Nelson não coincidia com seu tempo. Nelson foi controverso e
pornográfico, ainda que anjo. A crítica literária e a teatral da época se
encarregaram de torná-lo ao mesmo tempo icônico e abjeto sendo levado à
ascensão e ao declínio. Irônico, cáustico, polêmico, mas também frágil e
temente a Deus, recolhia-se quando a carga de excitação vivida era maior do que
ele conseguia suportar. Ibsen e Nelson desenvolveram uma relação absolutamente
singular com o tempo em que viveram. Nesta atividade, vamos propor pontos de
aproximação entre as obras de ambos os dramaturgos.
sexta-feira | 09 de agosto
horário | 19h às 21h
dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas,
profissionais com prática clínica e interessados nas relações entre a
Literatura e a Psicanálise
preço
até o dia 29/07/24 | R$ 100,00
após o dia 29/07/24 | R$ 130,00
José Luiz Cordeiro D. Tavares
psicanalista com formação pelo Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP). Doutorado em Medicina pela Universidade Federal do Estado de São Paulo e pós-doutorado pelo Imperial College (UK). Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (ISS). Mestrado em Literatura pela PUC-SP e Doutorado em Literatura em curso, na PUC-SP, articulando em ambos literatura e psicanálise na obra de Nelson Rodrigues. Autor de publicações em livros e periódicos na interface literatura-psicanálise. Membro dos grupos "Shakespeare e Psicanalise" da Sociedade Brasileira de Psicanálise e "Psicanalise e Cultura" do ISS. Coordenador dos núcleos de Literatura e Psicanálise no CEP e no ISS. Docente do curso de formação em Psicanáliise no CEP.
Marta Raquel Colabone
historiadora (USP), psicanalista com formação pelo CEP, especialista em Comunicação (USP) e em Artes (UNESP). Pertence à Rede de Atendimento - Clínica do CEP e é docente do Curso de Formação em Psicanálise do CEP. Colaboradora da publicação "Anos Loucos. Histórias da Psicanálise às margens dos anos 1920", de Luiz Eduardo Prado de Oliveira, ed. Autêntica.
Sergio Ferrara
bacharel em Psicologia e Psicanalista. Diretor de Teatro. Vencedor do Prêmio APCA de melhor Diretor pela peça - Pobre Supe-Homem de Brad Fraser. Foi por dez anos Curador Artístico do Programa de Qualificação em Artes do Governo do Estado de São Paulo (Projeto Ademar Guerra). Fez parte do CPT (Centro de Pesquisa Teatral) com supervisão do diretor Antunes Filho. Lecionou como Diretor de montagem na Escola de Arte Dramática da USP cujo foco de estudo foi a obra teatral: Vereda da Salvação de Jorge Andrade. Foi professor no TUCA (Teatro da Universidade Católica) na PUC. No Festlip (Festival de Teatro da Língua Portuguesa) lecionou teatro em todos países africanos de Língua portuguesa durante um ano. Dirigiu atores como: Paulo Autran, Raul Cortez, Maria Alice Vergueiro, Caco Ciocler, Eliane Giardini, Rosi Campos e atualmente criou o Núcleo de Imersão Teatral ( NIT) para estudos de processos e percursos criativos. Além de ter dirigido em parceria com o Sesc três espetáculos do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen: O Inimigo do Povo, A Dama do Mar e Imperador e Galileu.
