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Ressentimento
Reunião Temática

Ressentimento

DocenteMaria Rita Kehl
01/04/2022

programa
O ressentimento não é um conceito da psicanálise. Decidi incluir este afeto, que podemos considerar como uma “paixão triste”, segundo a classificação dos afetos proposta por Baruch Espinosa, a partir de algumas observações em minha clínica. Nós, psicanalistas, escutamos com frequência relatos de eventos traumáticos que o sujeito tenta, mas não consegue esquecer. Parte importante do trabalho de um(a) psicanalista consiste em fazer recordar e elaborar o traumático para que o sujeito seja capaz de… esquecer. Isto é: tornar-se capaz de não pensar mais naquilo, não inventar mais soluções sintomáticas para o que não conseguiu elaborar. Seguir em frente, livre de suas “reminiscências”. A histérica, escreveu Freud entre as primeiras elaborações de sua teoria sobre as neuroses, “sofre de reminiscências”.
Já o ressentido, este não admite esquecer. Sua fala é queixosa, mas não dá lugar a nenhuma elaboração. O ressentido não quer investigar nada porque está tomado pela convicção de ter sido vítima de alguém, de algum engano, de alguma injustiça do destino ou de um rival mal-intencionado. Parece estranho afirmar que o ressentido recorre ao analista para manter seu sintoma. Eu lhes pergunto: por quê? Para preservar a imagem narcísica de vítima inocente. “O ressentimento é uma vingança adiada”, escreveu Nietzsche, filósofo que se dedicou a esse tema. A disposição subjetiva do ressentido, para Nietzsche, pode ser resumida na frase:
“Eu sofro: alguém deve ser o culpado”. É o avesso da psicanálise, já que esta busca implicar o sujeito não só na investigação das causas de seu sofrimento, mas também na responsabilidade por seus sintomas. Se o sujeito que procura análise reconhece sua divisão subjetiva e busca tornar-se íntimo do “outro” que o habita, o ressentido demanda que o psicanalista reconheça seu estatuto de sujeito não dividido: este que só sofre desde o lugar de vítima. Este que não tem nenhuma responsabilidade subjetiva por seus sintomas, suas inibições, sua angústia. O ressentido é um sujeito dividido como todos nós, mas não o reconhece. O Outro que o habita é projetado no outro, qualquer um: rival, ex-amor, pai ou mãe incompreensivos… qualquer um a quem possa atribuir as razões de seus fracassos. Queixar-se, acusar, “não perdoar jamais”!… não deixam de ser modos bizarros, mas eficientes, de gozar.
A implicação do sujeito em uma análise aponta para a possibilidade de superação do ressentimento.

sexta-feira | dia 01 de abril

horário | 19h às 21h

dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde

preço
até o dia 07/03/22 | R$ 200,00
após o dia 07/03/22 | R$ 230,00

Maria Rita Kehl

é psicanalista, doutora em psicanálise pela PUC de São Paulo, poeta e ensaísta. É autora de vários livros, entre os quais se destacam Videologias: Ensaios sobre televisão (Boitempo, 2004) , escrito em parceria com Eugênio Bucci, O tempo e o cão (Boitempo, 2009), ganhador do Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Não-Ficção 2010, 18 crônicas e mais algumas (2011), Deslocamentos do feminino: a mulher freudiana na passagem para a modernidade (2016), Bovarismo brasileiro (2018) e Ressentimento (2020).

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