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A angústia não é um termo que faz sucesso no discurso da ciência que domina
nossa época nem tampouco interessa aos valores do mercado que a determina. Mas,
como sabemos por experiência, o que está recalcado retorna no real, ou o que
sai pela porta da frente volta pela porta de trás. A angústia, elevada à
dignidade de valor e de conceito pelos poetas e filósofos do século XIX, afirma
sua dimensão existencial no século XX, mas, banida do século XXl, ela sai do
discurso comum, enquanto a ansiedade, o estresse, o nervosismo, o distúrbio de
atenção, a falta de ar, e, mais precisamente os pânicos e as fobias, entram de
vento em popa tanto no discurso da ciência quanto no senso comum. O pânico e a
fobia, que figuram no capítulo dos “Anxiety Desorder” do DSM, constam como referência
comum do mal-estar das pessoas que procuram um analista e foram precisamente
descritas e formalizadas desde os primórdios da Psicanálise. O pânico explora e
encena uma dilatação temporal da angústia e sua localização no corpo, enquanto
a fobia organiza a fuga, o deslocamento e a amarração em um significante
privilegiado. A partir da obra freudiana e do ensino de Lacan, verificaremos o
que aproxima e distancia essas duas formas sintomáticas e suas maneiras
distintas de enodar o fato existencial da angústia. Não podemos ter medo da angústia,
pois sua emergência fora de controle indica, para cada um, o que do corpo do
inconsciente ainda está desligado, en-corps,
ainda sem a significação que liga ao Outro. Se pânico e fobia constituem duas
maneiras diferentes de colocá-la na cena do Outro para melhor esquecer, afastar
seu valor de separação essencial, o desejo de analista convoca-a para que ela
se enlace de outra forma e passe.
dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas
da saúde
preço
até o dia 15/08/16 | R$ 145,00
após o dia 15/08/16 | R$ 155,0