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“A alegria é a prova dos nove”, disse Oswald de Andrade.
Os psicanalistas sabem disso. Em um percurso de análise, a conquista da
capacidade de alegrar-se com pequenas e grandes surpresas da vida vale mais do
que a fantasia de assentar-se, definitivamente, num projeto sem percalços de
felicidade. Aliás, isso vale outra discussão: o que é felicidade? O brasileiro
se percebe como um povo alegre. Parece paradoxal: como uma sociedade que atravessou
períodos deprimentes em sua história pode ser alegre? Bem: a alegria não
depende tanto disso. A alegria talvez não dependa apenas de circunstâncias que
o sujeito vive: ela pode até irromper, das mais diversas fontes pulsionais, em
meio as circunstâncias dramáticas. No entanto, quero falar da melancolia que
disputa com a alegria numa alternância de altos e baixos o predomínio entre
afetos nacionais. Precisamente. A melancolia, para Freud, é a resposta do
sujeito à identificação inconsciente com o objeto amado/odiado. O sujeito
identifica-se com quem odeia. As tentativas de suicídio do melancólico vem
desse paradoxo: ele tenta matar em si mesmo este objeto odiado.
sexta-feira | dia 26 de junho
horário | 19h às 21h
dirigido a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde
preço até o dia 15/06/20 | R$ 200,00 após o dia 15/06/20 | R$ 210,00