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Entre 1911 e 1914 Freud escreve uma série de trabalhos
sobre técnica Dois deles falam de amor. Só que o fazem em discursos diferentes.
Um aborda o assunto como se fosse ciência, de modo que ninguém repara que é de
amor que se trata Há uma razão para tal, já que foi escrito atendendo a uma
política Almeja o reconhecimento e a aceitação da Psicanálise pela
sociedade,como uma ciência e uma prática sérias e respeitáveis.
Ao mesmo título, diz, que o ginecologista ou o químico. Freud mede, em todo
caso, as suas palavras.
O primeiro passo dessa estratégia de transmissão foi mudar o nome do fenômeno a
ser tratado, para ele soar mais científico. Não falamos de amor, discutimos a
dinâmica de um “processo universal e constante em todas as curas” denominado
transferência Não obstante, Freud se vê obrigado a descrever as “condições em
que se constitui a especificidade do exercício da vida amorosa de todo
ser humano”.
O último parágrafo desse escrito de 1912 diz: “É inegável que dominar os
fenômenos transferenciais depara ao psicanalista as maiores dificuldades, mas
não se deve esquecer que justamente eles nos brindam o inapreciável serviço de
tornar atuais e manifestas as moções de amor escondidas e esquecidas dos
pacientes; pois, em definitiva, ninguém pode ser executado in
absentia ou in effigie”.
O texto “Observações sobre o amor de transferência”, de 1914, é um
comentário crítico deste último parágrafo. Desde o início percebe se que o
teor do escrito é outro.
Freud retoma as coisas onde “Sobre a Dinâmica da Transferência” as tinha
deixado, porém, mirando outro leitor. “Não escrevo para a clientela”,
esclarece.
E para quem escreve, então?
data
sexta-feira | 18 de outubro de 2013
dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, estudantes e profissionais das
áreas da saúde
preço
até o dia 07/10/13: R$ 110,00
após o dia 07/10/13: R$120,00