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Temos recebido em nossos consultórios variadas situações
que desafiam a matriz edípica clássica com a que costumávamos nos situar
teoricamente: casais homoparentais, produções independentes, filhos que
resultam da reprodução assistida, mães provedoras e pais que maternam seus
rebentos exigem que possamos nos desvencilhar de modos normativo/normalizadores
e psicologizantes de pensar. Tomar essas situações como desvios pode resultar
numa patologização abusiva e repressora decorrente do modelo patriarcal
conservador, associando a função paterna à função proibidora de guardião da
lei. Na contramão dessa leitura e como formação reativa surgem propostas
libertárias que se apoiam no conceito de auto-determinação e performance
resultando numa ideia ingênua que nega o determinismo do Outro. Como entender
então o declínio da função paterna? O que encontramos hoje são sub-versões do
modelo patriarcal ou trata-se de subversões que decorrem da multiplicação de
saberes que a modernidade produziu inseminando o pai em múltiplos nomes? Freud
e Lacan centraram a clínica na questão do pai. Do mito freudiano à metáfora
paterna, do pai morto aos nomes do pai, da perversão freudiana à père-version
lacaniana, que transformações se operam e ainda, de que modo elas contribuem
para operar na clínica dos dias de hoje? Uma reflexão sobre essas questões é
fundamental para que a Psicanálise possa acompanhar as transformações sociais
da parentalidade. Sem ela nossa prática não passará de um dispositivo de
controle disciplinador.
sexta-feira | dia 21 de agosto
horário | 19h às 21h
dirigido a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde
preço até o dia 10/08/20 | R$ 200,00 após o dia 10/08/20 | R$ 210,00