ATIVIDADE ADIADA - SEM DATA PREVISTA
PROGRAMA
Vamos trabalhar o conhecido livro:
“Adolescência
Normal: Um Enfoque Psicanalítico”, ed. Artmed, Arminda Aberastury e Mauricio
Knobel.
O que vem acontecendo nestes 50 anos?
O esquema conceitual mudou.
Não falamos mais de síndromes, naquela época havia uma
certa tendência à rotulagem.
A questão dos lutos ainda é válida: Mas podemos falar em
luto da perversão polimorfa da infância a pesar da oferta hipersexualizada que
a sociedade oferece para o púberes e adolescente?
Não podemos ignorar o impacto da era atual: vivemos na era do imediatismo, em que a informação, as
modas e a própria tecnologia perdem relevância a uma velocidade vertiginosa.
Impulsionados por este ritmo frenético procuramos soluções mágicas e rápidas
para todo tipo de problemas, e esperar,
parar, são considerados uma perda de tempo (tempo a que nos referimos em termos
económicos e procuramos poupar, não perder, ganhar tempo) . O sucesso e o gozo
exigidos devem ser imediatos. Numa sociedade regida pelo tempo hiperativo, pelo
zapping como forma de vínculo, pela exigência instantânea de satisfação, não é
de estranhar que crianças e adolescentes expressem o novo regime de tempo com a
sua hiperatividade e desatenção. Na sociedade do imediatismo e das relações líquidas, os
adolescentes encontram-se perdidos, assustados ou criando defesas patológicas
que impactam o seu dia a dia.
Se pensarmos na reedição do Édipo na Adolescência,
encontramos uma nova dificuldade que impacta os adolescentes de hoje:
Poderíamos dizer que passamos do Complexo de Édipo ao
Complexo de Telêmaco:
Do pai que o adolescente deve enfrentar (e lamentar a sua
perda) ao pai ausente.
Estamos na era do declínio da autoridade paterna:
Esta crise de autoridade é um fenómeno crucial da cultura
contemporânea, tanto no seu sentido simbólico (o pai como encarnação da lei,
princípio de autoridade que regia a cultura, a economia, a educação) como na
configuração das relações familiares. Talvez como reação ao autoritarismo
extremo, talvez pela culpa que sentem por não poderem estar com os filhos,
muitos pais não se atrevem a estabelecer limites e assumem um papel amigável e
cúmplice.
DIRIGIDO
a psicólogos,
psiquiatras, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde
HORÁRIO
sábado| 10h às 12h
PREÇO
até o dia 24/11/25 | R$ 210,00
após o dia 24/11/25 | R$ 240,00