Os Sentidos Da Elaboração Na Clínica Psicanalítica

Merecendo lugar de destaque na obra freudiana desde o célebre ensaio “Recordar, repetir e elaborar”, de 1914, o conceito de elaboração (Durcharbeitung) se impôs como chave para as reflexões acerca dos desafios da clínica contemporânea. De fato, o problema do trabalho elaborativo orientou a condução dada por Freud ao caso do “homem dos lobos”, culminando na “virada” sofrida pela teoria da clínica psicanalítica a partir dos anos 1920, além de contribuir para o resgate, no campo psicanalítico, da precocemente esquecida noção de trauma psíquico.
E, em íntima filiação com os impasses da clínica freudiana, o estilo clínico constituído por Sándor Ferenczi no final dos anos 1920 e desenvolvido por D. W. Winnicott a partir dos anos 1940 tem nos enigmas da perelaboração sua força motriz.

programa
1. Ética, estética e política nos escritos técnicos de Freud
2. O caso do homem dos lobos e a “virada” na teoria da clínica psicanalítica
3. Recordação, repetição e trabalho elaborativo
4. A questão trauma e a elaboração
5. Ferenczi, a “perlaboração” e a “análise qualitativa”
6. O psicanalista entre o “dizedor do verdadeiro” (parrhesiastes) e o “língua solta”
7. Winnicott: elaboração e viver criativo

datas
quartas-feiras | 28 de abril; 05, 12, 19 e 26 de maio; 02, 09, 16 e 23 de junho

horário | 20h às 22h

carga horária
18 horas (9 aulas de 2 horas cada)

dirigido
a psicólogos, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde

preço
três mensalidades de R$ 230,00
alunos do CEP: R$ 190,00