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Desenvolvido por SD Tecnologiacoordenação Daniel Kupermann
Qualquer que seja a orientação teórica-clínica da Psicanálise, a transferência detém, há mais de um século, importância central para o processo terapêutico. Porém, apesar de ser um dos conceitos mais citados por psicanalistas em comunicações ou publicações, é também aquele que apresenta menor univocidade de sentido. Através do resultado de algumas pesquisas, realizadas junto ao psiA – Laboratório de Pesquisas e Intervenções Psicanalíticas do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da USP, revisitaremos os desafios ligados à transferência que inquietavam os psicanalistas pioneiros como Freud e Ferenczi, e que repercutiram nos inspiradores da Psicanálise contemporânea, como Winnicott e Lacan. Enfocaremos, sobretudo, as diferenças em suas concepções de manejo da transferência e da contratransferência, bem como em seu entendimento do campo psicanalítico, seja como encontro de psiquismos apartados, seja como encontro intersubjetivo suscetível às experiências de enactment.
programa
1. Transferência, contratransferência ou construção mútua do campo transferencial?
2. Paixões transferenciais: positiva e negativa
3. A contratransferência existe?
4. É a transferência uma iatrogenia artificial ou uma experiência inevitável em toda e qualquer inter-relação humana?
5. O que é uma interpretação mutativa?
6. A repetição e a reedição, diferentes conceitos de transferência
7. Actings e enactments: a transferência que cria novos sentidos
8. Sexualidade, gênero e o manejo transferencial
9. Neurose de transferência: na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza
datas
sextas-feiras | 15, 22 e 29 de setembro; 06, 20 e 27 de outubro e 10, 17 e 24 de novembro
horário | 15h30 às 17h30
carga horária
18 horas (9 aulas de 2 horas cada)
dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde
preço
três mensalidades de R$ 375,00
alunos do CEP: três mensalidades de R$ 320,00
Daniel Kupermann
psicanalista, professor livre docente do Departamento de Psicologia Clínica do IPUSP, vice-presidente da International Sándor Ferenczi Network, autor de vários artigos e livros, com destaque para Por que Ferenczi?, ed. Zagodoni, publicado também em inglês e em francês.
Denise Salomão Goldfajn
psicóloga e Psicanalista. Pós-doutora pelo Programa de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (PSC-USP), Doctor in Clinical Psychology (Psy.D.) pelo Williams College (Massachusetts, USA). Professora convidada do Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP) e do Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ). Supervisora e autora de diversos artigos publicados nacionalmente e internacionalmente. Psicanalista associada a Sociedade Brasileira de Psicanalise do Rio de Janeiro e da Sociedade Brasileira de Psicanalise de São Paulo, membro do Internacional Association of Relational Psychotherapy and Psychoanalysis (IARPP), membro do Comitê Executivo do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi. Membro fundador do Instituto Brasileiro de Psicanálise
Lucas Charafeddine Bulamah
psicanalista, psicólogo, membro do psiA - Laboratório de Pesquisas e Intervenções em Psicanálise do PSC/IPUSP e do GBPSF - Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi. Mestre e doutor em Psicologia Clínica no IPUSP. Autor dos livros "História de Uma Regra Não Escrita: A Proscrição da Homossexualidade Masculina no Movimento Psicanalítico" e "O Self Anônimo: O Sujeito Winnicottiano e Sua Política", ambos pela ed. Zagodoni.
Luiz Eduardo de Vasconcelos Moreira
psicanalista, doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo, membro fundador do Instituto Vox de Pesquisa e Formação em Psicanálise e participante do PsiA - Laboratório de Pesquisas e Intervenções em Psicanálise da USP.
Wilson Franco
psicólogo e psicanalista, doutor em Psicologia Clínica pelo IPUSP, membro do psiA - Laboratório de Pesquisas e Intervenções em Psicanálise do PSC/IPUSP e autor dos livros "Autorização e angústia de influência em Winnicott", ed. Casa do Psicólogo, e "Os lugares da psicanálise na clínica e na cultura", ed. Blucher.