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Desenvolvido por SD TecnologiaAs intervenções da clínica ampliada têm não apenas levantado questões de âmbito teórico, mas principalmente questões quanto à modalidade das estratégias clínicas. O atravessamento institucional na constituição subjetiva segue sendo um paradigma da Psicanálise, convocando, portanto, o psicanalista a se posicionar frente aos discursos e às práticas institucionais, superando o poder disciplinar. Caberia-lhe o desafio de sustentar sua ética que supõe o sujeito cindido, imprevisível, evanescente, em crise e em busca, numa sociedade onde a promessa do controle do sofrimento orienta a organização das instituições (medicalização, judicialização, entre outras). Tais questões se fazem ainda mais agudas quando se trabalha com a população que vive em condições de vulnerabilidade social, exigindo um profissional que seja capaz de superar a vitimização considerando seu foco, a capacitação e a responsabilização subjetiva. O psicanalista deve estar aberto para atuar junto a equipes multiprofissionais a partir de sua especificidade: o olhar, a escuta e a compreensão de aspectos da subjetividade. Esses aspectos estão contemplados, no seu caráter genérico, nos vários campos da Psicanálise, mas vêm encontrar desafios nas especificidades dessas intervenções que têm como princípio acolher o imprevisto e enfrentar os desafios com novos procedimentos. Faz-se necessário buscar estratégias para romper com o suposto modelo ideal de atendimento para enfrentar o mal-estar do profissional que, trabalhando em contextos de vulnerabilidade, se depara com questões que envolvem o desamparo, a violência e seus sintomas. Para tal trabalho é fundamental considerar sem preconceitos, os desafios contemporâneos tais como: as novas configurações familiares e a rede social complementar necessária, que garantem a formação subjetiva dos seus cidadãos. O objetivo desse seminário é então, discutir estratégias de intervenção que considerem essa complexa situação.
conteúdo programático
• Articulações da Psicanálise e o campo social
• Cuidar, educar, psicanalisar: encontros possíveis
• Caracterização da escuta clínica em contextos sob vulnerabilidade (diagnóstico, demanda)
• Compreendendo a rede social responsável pela constituição subjetiva: Família e instituições. Articulações necessárias e estratégias de intervenção
• A instituição e o sujeito: relações institucionais e saúde
• Práticas institucionais. Ferramentas clínico-psicanalíticas
• O trabalho em rede: A articulação entre saúde, educação, saúde mental, justiça e assistência social
dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, profissionais das áreas da saúde e profissionais interessados no trabalho com grupos nas instituições
carga horária
18 horas (9 aulas de 2 horas cada)
datas
quintas-feiras | 24 de setembro; 01, 08, 15, 22 e 29 de outubro e 05, 12 e 19 de novembro
preço
três mensalidades de R$ 320,00
alunos do CEP: três mensalidades de R$ 275,00