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Desenvolvido por SD Tecnologiacoordenação Miriam Debieux Rosa
objetivo
Na
sociedade moderna, é cada vez mais frequente que os sujeitos se considerem
desprendidos dos laços sociais que os constituem, e dos quais participam como
reprodutores e/ou criadores. Contrariamente a esta apreensão que, incorporada
ao campo “psi”,
corrobora práticas ideológicas e mantém o sujeito alienado do laço que está em
seu sintoma, os trabalhos e pesquisas dos membros vinculados ao Laboratório
Psicanálise e Sociedade do IPUSP e ao Núcleo de Pesquisa Psicanálise e Política
da PUC-SP, ambos sob coordenação da professora Miriam Debieux Rosa, têm se
voltado para os contextos sociais, políticos, institucionais e culturais em que
estão entrelaçadas às formações subjetivas e sintomáticas.
Levando em conta estes contextos, nossa compreensão é de que se trata de uma
clínica do traumático. O traumático como o que silencia e fixa os sujeitos, ultrapassando
sua possibilidade de simbolização e impedindo o trabalho de luto e produções
metafóricas. Assim, segundo Miriam Debieux Rosa tem apontado, nestes contextos,
muitas vezes, trata-se de uma “escuta de vidas secas”. Considerando essas
dimensões, a prática psicanalítica é pensada como clínico-política. Não se
trata, pois, de individualizar os problemas e sofrimentos, mas de reconhecer a
singularidade, a qual revela o laço social nela implicado.
Com essas problematizações, esse curso tem como objetivo discutir, a partir da
teoria freudiana e lacaniana, quais as possibilidades de intervenção da
Psicanálise no campo social, tendo em vista a construção de uma prática
clínico-política.
programa
1. Laço social e
clínica psicanalítica
2. Conceitos
articuladores da Psicanálise com o campo social
3. Conceitos
articuladores da Psicanálise com o campo social
4. Método
clínico-político
5. Violência,
política e luto
6. Vitimização,
implicação e responsabilização do sujeito e do campo social/ Conversações
7. Trauma
e violência: modos de segregação
8. A escuta
em contextos de crise/ Conversações
9. Psicanálise
implicada: vicissitudes das práticas clínico-políticas
metodologia
As aulas serão expositivo-dialogadas. Para as aulas 6 e 7, após exposição
do tema no primeiro tempo da aula, propõe-se um espaço para narrativa de uma
situação/caso trazida pelos alunos.
datas
quintas-feiras
| 29
de setembro; 06, 13, 20, 27 de outubro e 03, 10, 17 e 24 de novembro
horário | 15h30 às 17h30
carga horária
18 horas (9 aulas de 2 horas cada)
dirigido
a
psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, profissionais das áreas da saúde,
alunos, ex-alunos do Curso de Formação em Psicanálise e profissionais
interessados no trabalho com grupos nas instituições.
preço
três
mensalidades de R$ 350,00
alunos do CEP: três mensalidades de R$ 300,00
Ana Paula Musatti Braga
Possui graduação em Psicologia pela USP (1990); Especialização em ?Teoria, técnica e estratégias especiais na psicanálise de crianças e adolescentes pela USP (1995); mestrado em Psicologia Clínica pela USP (2001); Doutorado em Psicologia Clínica pela USP (2016); pós-doutorado em Psicologia Clínica pela USP (2018). Membro do "Núcleo violências: sujeito e política" do Programa de Pós-graduação de Psicologia Social da PUC-SP, de 2004 a 2017 e do "Laboratório Psicanálise e Sociedade" do Programa de Pós-graduação da Psicologia Clínica da USP, desde 2004.
Marta Cerruti
Doutoranda em Psicologia Clínica pela USP, membro do Laboratório Psicanálise e Sociedade do Programa de Pós-Graduação da Psicologia Clínica da USP e do Núcleo Psicanálise e Política do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da PUC-SP e membro e professora do Departamento de Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae.
Miriam Debieux Rosa
Professora Titular do Departamento e do PPG de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da USP. Coordena o Laboratório Psicanálise, Sociedade e Politica (PSOPOL/IPUSP) e o Grupo Veredas: psicanálise e imigração (PSOPOL/IPUSP). É Presidente da Rede Interamericana de Psicanálise e Política (REDIPPOL) e pesquisadora da Rede Internacional Coletivo Amarrações: políticas com adolescentes. Tem sido bolsista produtividade do CNPq, atualmente com o projeto Violências e a política dos afetos: o adolescente e o imigrante. Membro do Grupo de Trabalho da ANPEPP Psicanálise: Política e Cultura. Fez Pós- Doutorado pela Université Paris Diderot, PARIS 7, França., bolsista CNPq, Brasil (setembro 2015 a julho 2016), na temática de violência e imigração. Graduou-se em Psicologia na PUC-SP, onde foi professora a partir dos 24 anos e fez o Mestrado e o Doutorado. Foi Prof. Titular do Programa de Pós-Graduação da Psicologia Social onde coordenou o Núcleo Psicanálise e Política na PUC-SP, até 2017.
Sandra Luzia de Souza Alencar
Doutora em Psicologia Social pela PUC-SP, psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, membro do Laboratório Psicanálise e Sociedade do Programa de Pós-Graduação da Psicologia Clínica da USP e do Núcleo Psicanálise e Política do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da PUC-SP.